quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O Hipócrita nasceu com pouca luz
quer ser bonito por fora
e esconder sua miséria interior
rodeando-se de objetos de alto valor.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Um novo amanhã

a partir de hoje
eu começo um novo amanhã
depois de ter abandonado
uma grande parte do meu passado

sinto o gosto amargo
sobreposto ao cheiro doce
das antigas manhãs
sem dúvida: tudo mudou

alguns amigos
eu simplesmente abortei
com grande ódio em meu coração
e foi assim que deixei de sorrir

me tornei um homem temido
porque não sei perdoar
porque traição para mim
é coisa séria.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Eu e o silêncio

ah!
mais uma vez
a solidão da casa
me faz lembrar os amigos

aqueles que se foram
os que não estão mais
em um lugar confortável
nos meus pensamentos.

desgraça!
este maldito veneno
ainda flui.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

São Paulo Segundo

tornei-me um estúpido
um objeto invisível
rolando de calçada em calçada
num trajeto repetido

as pessoas que conheci aqui são ótimas
e hoje as evito
porque é certo
porque é preciso

não acredito mais no calor humano
desisti de tuas garras assassinas
poupo-me com o descaso
enterrado em uma montanha de silêncio

para me prevenir do teu aconchego
afio as facas dos olhos
que é para te ferir
pessoa infiel.